A lombalgia tem sido objeto de estudo ao longo dos últimos anos, basta pesquisarmos sobre o tema nas diversas bases de dados para pesquisas de artigos científicos.
A dor lombar é um sintoma comum em todas as idades e condições sócio-econômicas [1], sendo responsável por grande parte dos afastamentos temporários ou definitivos de trabalhadores [2]. No Brasil, as doenças relacionadas à coluna estão em primeira causa quando se referem a um auxílio-doença e terceira por aposentadoria por invalidez [2]. Em outros lugares do mundo não é diferente, é mais frequente as pessoas largarem seus empregos por causa de dor lombar do que por diabetes, hipertensão, neoplasia e asma [1].
A coluna lombar está situada na parte inferior da coluna vertebral, abaixo da parte cervical e torácica, e logo acima da região sacra. Ela é formada por cinco vértebras (L1-L5) [2]. O que garante o suporte e a estabilidade da região lombar são as pequenas articulações, os discos intervertebrais, os tecidos de revestimento (fáscia) e os músculos (abdominais transversos, oblíquos internos, serrátil posterior inferior, grande dorsal, entre outros) [2,3 ].
A dor moderadamente intensa, o comprometimento motor e os distúrbios psicológicos, causaram pela lombalgia são os principais motivos que levam as pessoas aos médicos [1], buscando por diagnósticos e tratamento. As patologias mais comuns são a hérnia de disco, espondilose lombar, artrite reumatóide, anomalias na curvatura da coluna, osteofitos, osteoartrite, aderência de tecidos moles e raízes nervosas, traumas, entre outras [2,3].
Quanto ao tratamento, uma meta-análise (técnica estatística que combina o resultado de vários estudos relevantes com objetivo de responder a um questionamento; na área de saúde é bem comum comparar, por exemplo, tipos de tratamento) realizada recentemente, em 2022, mostra que os tratamentos mais eficientes são, em ordem: exercícios físicos, compressa quente, opióides (compostos químicos psicoativos), terapia manual, anti-inflamatórios não esteróides; os relaxantes musculares, paracetamol e acupuntura não produziram números elevados [1].
O que podemos concluir sobre o assunto é que os exercícios são os melhores para as costas. No entanto, para algumas pessoas pode ser complicado ou até mesmo parece ser impossível treinar com dor, por isso é necessária a busca por um bom profissional. Cabendo a este, orientar as pessoas, escolhendo de forma adequada os exercícios, bem como a sua execução, respeitando os limites de cada indivíduo.
Referências:
1. Gianola S, Bargeri S, Del Castillo G, et al Eficácia dos tratamentos para dor lombar mecânica inespecífica aguda e subaguda: uma revisão sistemática com meta-análise de rede British Journal of sport Medicine 2022 ; 56: 41-50
2. Knoplich J. Enfermidades da Coluna Vertebral. 2a Edição . São Paulo: Editora Panamed 1986.
3. Cox JM. Do Lombar. Mecanismos Diagnósticos e Tratamento. Sexta edição. São Paulo; Manole 2002.